Viver… Mais do que uma sucessão de horas e dias, trata-se da construção de um caminho. Cada atitude, cada escolha nada mais são do que as pedras que cravamos em nossa estrada pessoal. Por muitas vezes essa estrada se conecta a outras e assim uma rede complexa vai se formando e nos identificando como um grupo coeso, que no mesmo tempo e espaço divide essa trajetória no planeta Terra.
Tudo é tão maior do que nossas pequenas e egoístas expectativas que se nós nos ocupássemos em ajustar as nossas perspectivas, certamente o mundo seria muito mais amigável.
Antes de qualquer nacionalidade está a nossa humanidade. Somos irmãos, independentes de crenças religiosas ou bagagens culturais. Essas deveriam servir apenas para enriquecer nossa existência através da diversidade e não se transformar em bandeiras de rancor e ódio.
Afinal, até entre as relações mais estreitas, que acontecem no seio das famílias, as diferenças e divergências existem.
As ideologias e crenças que nos orientam não podem jamais nos cegar e fazer com que nos esqueçamos de que estamos todos no mesmo barco, lidando e lutando na construção de nossos caminhos.
Quando eu era menina costumava ouvir John Lennon com freqüência pois ele era o ídolo maior do meu pai. Uma alma sensível que compôs uma das mais belas canções da Humanidade e foi encerrada com um covarde tiro de revólver.
Muitos anos se passaram, mas a humanidade ainda não pareceu acordar para aqueles versos e se eu pudesse fazer somente um pedido para o universo, seria que Imagine se transformasse em Reality…..
PS: A imagem que ilustra o post é Guernica, uma das obras primas do artista catalão Pablo Picasso, que tão bem retratou os horrores da guerra e suas consequências depois de um cruel bombardeio em um vilarejo basco, no cenário da Guerra Civil Espanhola, por volta de 1937.